Os novos contratos de aluguel residencial ficaram, em média, 13,50% mais caros em 2024, conforme apontam os dados do Índice FipeZAP divulgados nesta terça-feira (14). Apesar de expressivo, o aumento foi 2,66 pontos percentuais (p.p.) inferior ao registrado em 2023, quando o avanço atingiu 16,16%.
Esse reajuste anual foi quase três vezes superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, que fechou o ano em 4,83%. Com isso, a alta real dos aluguéis (descontada a inflação) foi de 8,67%.
Segundo Paula Reis, economista do DataZAP, o aumento dos aluguéis acima da inflação está diretamente relacionado ao bom desempenho da economia brasileira, com destaque para a força do mercado de trabalho.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua mostram que a taxa de desemprego no Brasil foi de 6,1% no trimestre encerrado em novembro, o menor índice da série histórica iniciada em 2012.
“Os dados de emprego são fator importante para o mercado de locação. Na prática, quando um número maior de pessoas possui renda, a tendência é que haja uma maior procura por imóveis, o que colabora com a alta dos preços”, destaca a economista.
Reis também aponta para a possibilidade de novos aumentos em 2025, impulsionados por dois fatores principais: perspectivas positivas para o mercado de trabalho e restrições no mercado de compra e venda de imóveis, resultado do encarecimento do crédito imobiliário devido à alta da taxa Selic, a taxa básica de juros do país.
Desempenho por cidade
O Índice FipeZAP monitora os preços médios de locação de apartamentos prontos em 36 cidades brasileiras com base em anúncios online. O levantamento revelou que apenas Maceió (AL) não apresentou alta real no preço médio do aluguel, com um aumento de 3,35%, abaixo da inflação do ano.
Entre as capitais, Salvador liderou os avanços, com uma alta de 33,07%, seguida por Campo Grande (26,55%), Porto Alegre (26,33%) e Recife (16,17%). Com esses números, a capital baiana também ocupou o topo do ranking geral.
Veja na arte abaixo.
Preço do aluguel
O preço médio dos novos contratos de aluguel, calculado para as 36 cidades, é de R$ 48,12/m², segundo dados de dezembro. Considerando essa base, o aluguel de um apartamento de 50 metros quadrados custa, em média, R$ 2.406 — quase R$ 279,50 acima do ano anterior (R$ 2.126,50).
A cidade mais cara da lista é Barueri (SP), onde o aluguel custa, em média, R$ 65,41/m². No caso de uma residência de 50 metros, o valor mensal no município é de, aproximadamente, R$ 3.270,50.
Quando consideradas as 22 capitais brasileiras medidas pelo índice, São Paulo (SP) lidera: R$ 57,59/m². Em seguida, estão Florianópolis (R$ 54,97/m²) e Recife (R$ 54,95/m²).
Considerando todos os 36 municípios monitorados, a capital paulista é a segunda mais cara, logo atrás de Barueri.
Enquanto isso, a cidade com o metro quadrado mais barato é Pelotas (RS), custando R$ 18,61, em média.
Com informações do g1.
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