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De Campo Real a Não-Me-Toque: A história da mudança e retorno do nome do Município

Em 1º de setembro de 1970 se iniciava, em Não-Me-Toque, um movimento para troca do nome do Município. o nome escolhido para troca foi Campo Real, em homenagem ao cereal rei – trigo – cultivado em grande escala nas lavouras do Município. Então, por Decreto Executivo e decreto Legislativo. O município anoiteceu Não-Me-Toque e amanheceu Campo Real e em 9 de dezembro de 1971, o governador Eucliedes Triches sancionou a Lei 6.350 que estabelecia a troca do nome.


A mobilização contra a mudança chegou à Assembleia Legislativa em fevereiro de 1972, através de abaixo assinado com centenas de assinaturas. A disputa foi acirradíssima. Teve comitê, panfletagem e até comício.


A partir de então o assunto virou notícia na imprensa regional e nacional. Prova disso, se dá as inúmeras reportagens dos veículos de comunicação da época, o destaque foi tanto que Não-Me-Toque virou assunto em uma reportagem exibida no Fantástico, com tamanha repercussão dos acontecimentos, o novelista Dias Gomes, se inspirando na história do nosso Município, escreveu a novela Saramandaia exibida pela primeira vez na Rede Globo, em 1976.


E a briga continuou até que o juiz Marcel Esquivel Hoppe, da Comarca de Carazinho, decidiu pela realização do plebiscito, fundamentado nas lei de 1960, com alterações em 1973 e 1975, marcado para o dia 10 de agosto de 1975.


O resultado: 1.995 votos a favor de Campo Real e 2.462 votos pela volta de Não-Me-Toque. O juiz proibiu qualquer comemoração após o resultado, para evitar transbordamentos de entusiasmo. Então em 27 de dezembro de 1976 é assinada a lei que determinou a volta do nome Não-Me-Toque.


Nos livros do Cartório, mostra o nome da primeira criança registrada em Campo Real: Sandra Ronise Kossmann, de São José do Centro, em 18/12/1971. E também a última: Karin Malvina Kissmann, em 11/4/1977.


Fonte e Informações: Livro “Não-Me-Toque no Rastro de sua História”, de Sandra Cunha I Rádio e Jornal A Folha


📸 Registros dos Jornais da Época, do Acervo da Biblioteca Municipal | Por ASCOM NMT



 
 
 

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